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Floresta da Tijuca, Rio de Janeiro

  • renatabarrosmsouto
  • 23 de jun. de 2023
  • 4 min de leitura

A Floresta da Tijuca não só é a mais visitada do país, como também é a terceira maior floresta urbana do mundo, se tornando não só um ícone carioca como também nacional.


Por conta dos seus 120 quilômetros quadrados de árvores, o Parque recebeu o título de Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera pela UNESCO em 1991.


Visitar uma floresta tão grande e fabulosa que está localizada no meio da cidade do Rio de Janeiro, é uma oportunidade incrível de admirar sua natureza exuberante. Neste post vou compartilhar dicas de como visitar a Floresta da Tijuca.


Sobre o Parque

O clima agradável da floresta atraiu, em meados do século XVIII, fazendeiros que ali instalaram suas fazendas. A derrubada de árvores, a extração da madeira, o cultivo da cana de açúcar e do café afetou muito os mananciais de água provocando um problema no abastecimento da cidade.

D.João VI, em uma atitude pioneira, estabeleceu em 1817, um decreto de proteção a nascente do rio Carioca. E em 1861, D. Pedro II ordenou a desapropriação de várias áreas para que se iniciasse o reflorestamento da região.


O trabalho de reconstituição e proteção da floresta incluiu, também a sua transformação em um parque com recantos e áreas de lazer. O projeto ficou por conta do paisagista francês Auguste Glaziou. Pouco restou desse paisagismo inicial. A maior parte do que vemos hoje foi obra de Roberto Burle Marx, na década de 1940, durante um processo de revitalização da floresta, que havia passado anos em relativo abandono. Durante a revitalização, foram consolidadas as vias internas e criados três restaurantes em imóveis históricos.



Fauna e Flora

O parque possui 1.619 espécies, das quais 433 estão ameaçadas de extinção. O parque preserva, ainda, uma grande diversidade animal. Entre as 63 espécies de mamíferos estão o quati, símbolo do parque, o macaco-prego e o cachorro-do-mato. Há, ainda, 39 espécies de anfíbios e 39 espécies de répteis, como os lagartos e serpentes.




Como é a visita

A Floresta da Tijuca é um dos quatro setores que compõe o Parque Nacional da Tijuca.

Visitar o Parque Nacional da Floresta da Tijuca é uma excelente opção de programa. O Parque possui trilhas de vários níveis de dificuldade, mirantes, sítios históricos, cachoeiras, lagos artificiais e outros atrativos.


Foto: Soutos no Mundo

Entre no Parque Nacional da Tijuca pela portaria do Alto da Boa Vista, em frente a Praça Afonso Viseu. A portaria fica aberta das 8h às 17h. Para chegar na Praça Afonso Viseu, você pode ir de carro, de Uber / táxi. A entrada é gratuita.

Para quem vai de carro, o ideal é chegar cedo, pois a quantidade de credenciais para estacionar dentro do Parque por dia é limitada (300 carros e 40 motos por dia).


Explore o parque com calma. Leve lanches e água, e saco de lixo para levar embora com você os resíduos. Vá com calçados apropriados para caminhada. Não esqueça de levar boné, repelente e se você curtir cachoeira, leve toalha para se secar.



O que visitar


Estacione no Bolsão da Cascatinha Taunay.

Aqui você poderá se preparar para iniciar o passeio, passar repelente, abastecer a garrafa de água e usar o banheiro.


Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo

Cascatinha Taunay

Com 35 metros de altura, é a maior queda d'água da Floresta. Seu nome é uma homenagem ao pintor francês Nicolas Taunay que chegou ao Brasil com a Missão Francesa de 1816. Ele construiu uma casinha bem ao lado da cascatinha e a retratou em várias pinturas. Essa casa foi demolida e em seu lugar tem um restaurante que está em reforma.


Você poderá vê-la a partir da pista de veículos e também chegar bem próxima a ela pela lateral esquerda. Não deixe de acessar a parte de baixo da Cascatinha Taunay. Há algumas mesinhas de piquenique e um bonito arco de pedra em estilo romano, construído em 1860 pelo arquiteto Job de Alcântara, a pedido do governo imperial.

Após a ponte de pedra, as águas da cascatinha Taunay formam um poço, chamado poço Job de Alcântara, que é liberado para banho.

Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo



Capelinha Mayrink

Esta capelinha foi construída em 1850 nas terras da Fazenda Boavista, e se chamava Nossa Senhora do Belém. Mais tarde, foi vendida para o Conselheiro Mayrink e passou a ser conhecida com o nome atual. Em 1943, após obras de reforma, ganhou jardins de autoria de Burle Marx.


Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo


Trilha Mirante da Cascatinha

O acesso à trilha é ao lado esquerda da Capelinha Mayrink, com uma placa sinalizando “Circuito do Vale Histórico“. A trilha até o mirante possui 2km, em um terreno pouco irregular, com um bom pedaço de subida e alguns degraus naturais.


Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo



Vista do Almirante

Parada obrigatória, este mirante possui um linda vista com a Pedra da Gávea e a Pedra Bonita se destacando na paisagem.


Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo


Gruta

Próximo a Vista do Almirante está uma gruta acessível pela estrada de circulação de carros, com uma grande pedra logo no início. Ali estão mesas para piquenique e após uma curta e fácil caminhada você chegará uma pequena cachoeira. Se você descer para a gruta, verá a pequena piscina e a cachoeira.


Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo


Jardim das Manacás

Essa linda estátua é a Fonte Wallace, doada pelo governo francês e colocada nesse recanto da Floresta da Tijuca na administração do Barão Escragnolle. Nesse local existiam pés de manacá e, por isso, essa área é conhecida como Jardim das Manacás. Dizem que a Imperatriz Leopoldina se reunia com amigas e damas de companhia para tomar chá.




Açude da Solidão

Localizado bem próximo ao portão de saída, o Açude da Solidão era uma área pantanosa, que após obra de represamento das águas de um rio, se transformou em açude. Seu nome revela a triste história de um pai, o Barão do Bom Retiro, que se isolava nesse lugar, abatido, pela perda de seu filho na Guerra do Paraguai. Na gestão de Castro Maya recebeu uma melhoria, com projeto do paisagista Burle Marx.


Foto: Soutos no Mundo

Foto: Soutos no Mundo

Se quiser aproveitar, pegue o carro (ou chame um por aplicativo) e vá até a Pedra Bonita, que fica em outro setor do Parque da Floresta da Tijuca.

Chegando lá você pode fazer a trilha da Pedra Bonita (de 30 minutos a 50 minutos para subir) ou ir até o ponto de salto de voo livre/ asa delta e paraglider. A vista é simplesmente incrível.


Localização: Setor C – Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro

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