Kyoto, Japão
- renatabarrosmsouto
- 25 de fev. de 2021
- 8 min de leitura
Atualizado: 18 de mai. de 2022
A antiga capital imperial do Japão mantém viva a cultura e as tradições japonesas. Possui belíssimos templos e bairros que ainda preservam um ar de Japão antigo.
Tem muitas atrações para conhecer. E vale considerer um “bate-volta” a Nara, Miyajima e Hiroshima.
em nossa visita, nós utilizamos o ônibus para circular pela cidade. Para os lugares mais distantes e para as cidades próximas, nós utilizamos o trem. Vale comprar antecipadamente o JR Pass (Japan Rail Pass) . Econômico e simples de usar, o JR Pass é bem mais barato do que comprar bilhetes de trem separadamente. Para utilizá-lo o passageiro necessita ser estrangeiro e estar no país a turismo.
O que visitar:
Templo Kiyomizudera
O templo recebe diariamente uma enorme quantidade de visitantes.
É considerado Patrimônio da UNESCO, e foi todo construído em madeira maciça, com estrutura original do ano 798 d.c. Sua localização é privilegiada, a beira de uma encosta. O visual que se tem lá de cima com a cidade como pano de fundo é lindo.
Infelizmente quando estivemos lá em 2017, a fachada principal estava em restauração.
Explore todo o complexo. Além do templo, tem fontes sagradas, rituais para se ter prosperidade, muros repletos de tábuas votivas, lindos jardins, mirantes e lagos.
Na saída do templo, existem uma vizinhança repleta de lojas de souvenirs, de comidas e alguns itens bem charmosos como louças japonesas, uma loja só de guarda-chuva, das mais diferentes estampas.
Experimente o sorvete de macha (chá verde) servido na cestinha de massa folhada.
Nesta região você também encontrará lojas que alugam kimonos. Elas oferecem diferentes pacotes, alguns incluem sessão de fotos para você ter a recordação deste momento. Por esta razão, você verá por toda Kyoko muitas meninas vestidas de forma.
Templo Kodai-ji
Nossa visita foi a noite pois o templo estava excepcionalmente aberto neste período, em virtude da primavera.
O templo foi fundado em 1605 em homenagem ao unificador do Japão, Toyotomi Hideyoshi. Destaque para o jardim japones de areia (que durante a noite tem uma projeção e iluminação sobre a areia linda) e o caminho de bambus. No alto do morro tem uma grande estátua de Buda.
Templo Ginkakuji Esse templo budista, construído em 1482, também é conhecido como "Pavilhão de Prata" (embora não seja prateado). Ele é considerado um marco para a cultura japonesa, pois ali iniciaram as bases do que se considera o estilo de vida moderno dos japoneses.
O jardim, além de ter plantas cuidadas com a perfeição japonesa, tem uma parte de areia acinzentada, chamada de Ginshadan. Não tem um grão de areia fora do lugar. As curvas e ondulações são milimetricamente trabalhadas. De cada ângulo que se observe o jardim, diferentes desenhos se formam. Bem em frente ao Templo de Prata, um morro de areia chama atenção. É uma representação do Monte Fuji.
>> Bate e volta a NARA <<
Paeque de Nara
Assim que você se aproxima do Parque você já comecará a ver os cervos. Os bichinhos são as estrelas da cidade. São sagrados pois são considerados mensageiros dos deuses. Todo mundo se diverte dando biscoitos a eles. Fique sempre atento, pois os mais esfomeados irão te vasculhar em busca de mais comida e puxam sua roupa com a boca para chamar atenção.
Todaji
Dentro do Parque de Nara está o principal destaque da cidade, o templo budista Todaji. Ele é o maior templo de madeira do mundo e a construção atual data do século XVIII. Porém, o que mais surpreende é saber que antes de sofrer com incêndios, terremotos e guerras ele era trinta por cento maior do que o atual. Abriga o Grande Buda Daibutsu feito em bronze.
Dentro do templo existe uma grande coluna com uma pequena abertura em sua base, onde dizem que dá sorte passar por ela. Fácil de achá-la: é só procurar por uma fila!
>> Bate e volta a Miyajima e Hiroshima <<
Miyajima
A Ilha que fica na Baía de Hiroshima, é considerada sagrada pelos japoneses. Seu nome original Itsuko-shima significa "onde deus reside". Além disso, é tida como um dos três lugares mais bonitos do Japão. Está localizada a apenas 10 quilômetros de Hiroshima, e, mesmo com a explosão da bomba atômica, os templos não foram destruídos. Os japoneses dizem que foram os deuses que a protegeram.
É lá que fica o famoso tori flutuante. Antes mesmo de você chegar à ilha já dá para vê-lo e, assim que desembarcar do ferry, basta seguir o fluxo de pessoas e ir beirando a água para chegar nele.
Após a sessão de fotos do tori (rs) e brincadeiras com os cervos (que também estão aos montes por ali ), caminhame pelas ruas comerciais, repletas de lojas de souvenir e comidas locais. Provamos um bolinho recheado e buns (um tipo de pãozinho assado no vapor) recheado de carne de porco, ambos deliciosos. Logo depois, pegamos um ferry de volta.
Acesso:
O acesso a ilha é a partir da estação de trem, você pegará um bonde elétrico descendo em Hiroden-Miyajima-guchi. Depois é preciso tomar um ferry que chega na ilha em 10 minutos.
Hiroshima
A cidade atrai viajantes do mundo todo para seu interessantíssimo Museu da Paz, construído bem pertinho do epicentro da explosão. Considerado um dos museus de Guerra mais impressionantes do mundo, é uma verdadeira lição de vida e de reconstrução. Uma visita impactante. Cada objeto, cada foto, cada vídeo, cada texto exposto no museu personifica o horror sofrido por uma nação.
O Genbaku Domu ou Atomic Bomb Dome, a sede da antiga prefeitura de Hiroshima, é um dos poucos edifícios que sobreviveram a explosão da bomba e foi a única estrutura preservada em memória ao ocorrido. O domo cinzento destoa bastante do verde ao seu redor e se tornou um dos cartões postais da cidade.
O Parque da Paz tem alguns monumentos em homenagem as vítimas da bomba atômica, como por exemplo as Chamas da paz, uma tocha que permanecerá acessa até que todas as armas nucleares do planeta sejam destruídas, e o Memorial das crianças uma homenagem aos pequenos que foram mobilizados para destruir as casas de madeira e assim reduzir a propagação dos incêndios. Muitas dessas crianças acabaram mortas durante os bombardeios.
O Parque da Paz tem 3 sinos, o mais conhecido deles fica pertinho do monumento às crianças e tem o desenho de um mapa do mundo com o símbolo atômico no meio. Os visitantes são incentivados a tocar esse sino e assim propagar a lição de paz.
Santuário Fushimi Inari Mesmo sendo relativamente longe do centro de Kyoto, esse santuário xintoísta merece uma visita, pois é um dos principais cartões-postais de Kyoto.
Milhares de toris vermelhos perfeitamente alinhados são dedicados a Inari, divindade do arroz e do saquê e já serviram de pano de fundo para o filme Mémórias de uma Gueixa.
São quase 2 quilômetros de corredores que sobem pela encosta do morro. Para percorrer todos os corredores é preciso dispor de tempo. E eu diria que mais do que tempo, você precisa de paciencia já que este templo é muito visitado. Dificil conseguir “aquela” foto sem ninguém ao fundo, sabe?
Além dos turistas, muita gente circula diariamente por ali pedindo por prosperidade nos negócios. Há uma enorme quantidade de talismãs e tábuas votivas repletas de orações penduradas nos santuários, chamadas de omamori.
Templo Tenryu-ji em Arashiyama e a Floresta de Bambu
Arashiyama é outra área nos arredores de Kyoto que resolvemos visitar. A cidadezinha tem um centrinho fofo, cheio de lojinhas, restaurantes, cafés e um rio.
Atravesse a ponte Togetsukyo, e visite o Parque de Macacos Iwatayama. Depois de uma íngrime caminhada, você poderá alimentar os muitos macaquinhos, estando você do lado de dentro de uma “jaula”. A vista lá de cima é bem bonita.
Mas o principal atrativo de Arashiyama, sem dúvida, é a Floresta de Bambu.
Caminhos estreitos se estendem entre o silêncio dos bambuzais que só é perturbado pelo vento. Mas infelizmente a quantidade de turistas impacta na beleza da sua foto.
O templo Tenryu-ji, cujo nome significa "templo do dragão celestial", foi construído no século XIV sobre o local onde havia existido o primeiro templo zen japonês. Hoje, é considerado o primeiro no ranking dos cinco maiores templos zen-budistas de Kyoto. Tem um dos jardins zen mais importantes da região. Ele foi construído no formato de um símbolo da escrita japonesa chamado de Kokoro que significa "coração iluminado". É considerado Patrimônio Cultural da Humanidade.
Templo Kinkaku-ji É com certeza, um dos locais mais visitados de Kyoto. Também conhecido como Pavilhão Dourado, trata-se de um templo zen budista, rodeado por um lago e por um belo jardim. Foi construído em 1397 para servir de moradia ao Shogun Ashikaga. Tempos depois, seu filho resolveu transformar a construção em um templo zen. Hoje, o Kinkaku-ji tornou-se um dos maiores ícones de Kyoto, além de ter sido designado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade em 1994.
A imagem do templo refletido no lago no meio de um bosque é um dos cenários mais lindos do Japão. Depois de admirar a maravilhosa paisagem, caminhe pelos jardins e não deixe de experimentar as provinhas de comidas locais oferecidos nas barraquinhas. O amendoim coberto de wasabi é sensacional.
Palácio Imperial de Kyoto Como Kyoto foi a capital do Japão por muito tempo, era de se esperar que houvesse um belo Palácio Imperial na cidade. E tem. Bem no centro, numa área verde enorme. O Parque Imperial é imponente, cheio de pinheiros e com jardins bem cuidados.
Gion, o bairro das gueixas
Destaque para a rua principal, Hanamikoji, cheia de casas antigas e bem preservadas, com restaurantes, lojas e salões de chá.
Se voce estiver com sorte, pode ver uma gueixa circulando rapidamente por ali.
Nishiki Market
Em qualquer viagem, não importa o destino, visitar um mercado é imprescindível para conhecer um pouco mais da cultura e dos hábitos locais. Em Kyoto, não deixe de ir ao Mercado Nishiki. Uma longa rua coberta que possui mais de 130 lojas. Você encontra de tudo um pouco: peixes frescos, saquês, conservas, verduras e frutas frescas e doces.
Se você gostar de conhecer coisas diferentes, é um bom lugar para ir na hora do almoço e garantir sua refeição.
Hospedagem:
Quantos dias em Kyoto? Nós ficamos 4 noites, sendo:
3 noites no Hotel Keihan Kyoto Grande que está localizado bem em frente a Estação de Kyoto. A estação é enorme, repleta de lojas e restaurantes. Além de ser nosso ponto de chegada e partida para os passeios. Ou seja, podíamos ir andando, sem precisar de táxis ou ônibus pra chegar no hotel.
1 noite (a nossa primeira) foi no ryokan* Motonago.
*Ryokan são pequenos hotéis que possuem decoração tradicional japonesa com bambu, madeira, biombos e tatames. Recomendo muito esta experiencia. É uma ótima oportunidade de conhecer melhor a cultura local. É caro. No entanto, inclui café da manhã e jantar Kaiseki (preparado com ingredientes frescos da estação).
De modo geral, os hóspedes devem chegar no período da tarde, ao redor das 15 horas, para ter tempo de se acomodar, e tomar um banho relaxante ( onsen - muito tradicionais na cultura japonesa) e depois, se preparar para o jantar que é servido cedo.
Na hora do Onsen, o ofurô estará pronta com água quente. Aliás, super quente. O jantar Kaiseki costuma ser servido cedo, num ritual bem lento, dentro do quarto. Cada prato é apresentado pela funcionária do ryokan. Após o jantar, enquanto voce dará um passeio pela cidade, a mesa do jantar dará lugar as camas, montadas em futons. Isso mesmo: dormimos no chao. O chão do quarto é todo de tatame. E foi bem confortavel.
Outra coisa legal é que o ryokam disponibiliza no quarto os quimonos. Mais um divertimento! O café da manhã pode ser ocidental (opção ecolhida para mim e para a minha filha) ou oriental (opção escolhida pelo Rodrigo).
*Ryokan Motonago
626 Maruyamachō, Higashiyama-ku, Kyōto-shi, Kyōto-fu 605-0071, Japão
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