Malta
- renatabarrosmsouto
- 21 de fev. de 2021
- 7 min de leitura
Atualizado: 18 de mai. de 2022
Malta é um pequeno país localizado no sul europeu, entre o sul da Sicília (93km), na Itália, e o nordeste da Tunísia (288km), na África. Por estar no Mar Mediterrâneo, suas praias de águas turquesas são muito bonitas.
O país tem uma importância histórica enorme, principalmente nas batalhas entre o Império Otomano e Templários. E por isso, preservam ainda muitos templos históricos e outras construções antigas a serem visitadas.
Facilmente percebe-se a influência dos povos que por ali já estiveram - árabes, franceses, italianos e ingleses - na arquitetura da cidade, no idioma e na culinária. Em virtude do período de colonização britânica, o inglês é um dos idiomas oficiais do país. O outro é o maltês, que me pareceu uma mistura de italiano com árabe.
São 3 ilhas para explorar: Malta, Gozo e Comino.

O que visitar:
Estive em Malta para um casamento, e tivemos apenas 3 dias livres para conhecer este pequeno e encantador (mais cheio de coisas legais para conhecer ) país. Abaixo nosso roteiro:
DIA 1 [Mdina + Rabat + Three Cities + Valletta]: *fizemos este passeio usando onibus, taxi e muita caminhada.
Mdina:
A fascinante cidade murada (também conhecida por Cidade Silenciosa), é a antiga capital de Malta. Ela esteve dominada por Romanos e Árabes por grande parte da sua existência. Todo o seu perímetro é cercado por muralhas. Uma verdadeira fortaleza.
Algumas familias (cerca de 300 pessoas) ainda moram por ali, por isso, pede-se que seja mantido o silêncio para que os moradores não sejam incomodados. Uma delicia se perder nas ruelas, onde de vez em quando, passa uma charrete. Repare nas belas portas coloridas e suas maçanetas encantadoras (eu fiquei doida com as portas e acho que tirei foto de praticamente todas! Rs).
Aqui foram filmadas algumas cenas da primeira temporada de Games of Trones. Mais uma diversão procurar pelas fachadas utilizadas na série.





Visite a St. Paul’s Cathedral, uma bela igreja bem ao centro da cidade, reconstruida em 1705.



Como Mdina está localizada na parte central da ilha, em uma zona alta, a vista que se tem de la é muito bonita, com várias vinícolas ao redor.
Nao deixe de parar para fazer um café no Fontanella Tea Garden que fica praticamente em cima do muro da cidade. Vista muito bonita e deliciosas opçôes do que comer. Nós comemos o famoso bolo de chocolate e a Pastizzi, uma espécie de empanada, tradicional maltês.

Rabat - Catacumbas e Gruta de Sao Paulo:
Também no centro de Malta, ao lado de Mdina está localizada a cidade de Rabat. E é nela que estão as Catacumbas e a Gruta de São Paulo. Datadas no século IV e V, as catacumbas foram iniciadas na era dos Romanos, para enterrar seus mortos. Eram compostas por câmaras funerárias subterrâneas com mais de 1000 sarcófagos. Em 60 d.C após naufragar na ilha vindo de Jerusalém a caminho de Roma, São Paulo usou parte das catacumbas como abrigo. São Paulo, permaneceu na gruta (que posteriormente recebeu seu nome) por aproximadamente 3 meses.
Durante a Segunda Guerra Mundial, as catacumbas exerceram um papel de abrigo para milhares de pessoas. Uma verdadeira cidade subterrânea.
O ticket dá acesso as catacumbas, gruta, capela e um museu.



Valletta:
Apesar de ser a capital de Malta, Valletta - que foi eleita Patrimônio da Humanidade pela Unesco – é bem pequenininha e tem apenas 6 mil habitantes.
Nao deixe de visitar a St. John’s Co-Cathedral. A igreja é muito bonita e bem ornamentada. Lá dentro há um pequeno museu com duas obras de Caravaggio, sendo que, uma delas é o único quadro existente assinado pelo pintor (que nao tinha o costume de assinar suas obras).


Aproveite para tomar um sorvete na Amorino. Alem de deliciosos, os sorvetes vem em forma de flor.

O Upper Barrakka Gardens é um jardim elevado, construído em meados do Século 16 com o objetivo de oferecer descanso aos cavaleiros (Knights). Lá de cima se tem uma vista linda do Grand Harbour e das Three Cities que estão logo em frente de Valletta. Os canhões que você verá por lá disparam simbolicamente todos os dias às 12h e 16h.

Pegue um barquinho tipico maltês (o dghajsa - fala-se “daisa”) para cruzar a baía e chegar em uma dasThree Cities e passear pelo Grand Harbor. Assim que você descer do Upper Barrakka Gardens pelo elevador e for rumo ao mar você já verá os barquinhos se oferecendo para um tour. Logo em frente a Valletta estão essas três cidades (que se misturam e parecem uma só), chamadas Vittoriosa, Cospicua & Senglea. Nos paramos em Vittoriosa, que é bem pequena mas uma gracinha. Caminhamos pelas ruelas e pelo pier que tem alguns restaurantes charmosos com vista para os barcos atracados por ali.



DIA 2 [Mosta + praias do Norte]: *hoje foi o dia de alugar um carro e se aventurar pela primeira vez na mão inglesa!
Mosta:
É uma cidade na ilha de Malta onde fica a Rotunda de Santa Maria (Mosta Dome), uma grande igreja, que tem a terceira maior cúpula do mundo. É considerada ainda mais sagrada pelo fato de que na 2ª Guerra Mundial, uma bomba atingiu a igreja e não explodiu. Havia muita gente dentro dela, mas ninguém morreu.



Praias:
Seguimos de carro para o lado norte da ilha, em direção a 2 pequenas praias: Armier Bay e Little Armier. Como só é possível acessá-las de carro, costumam estar mais vazias do que as outras. São praias com pouca estrutura.

Seguimos para Paradise Bay, que mescla areia e pedra e tem o mar bem clarinho. Para chegar lá do estacionamento você deverá descer as escadas até a praia lá embaixo. Há um restaurante grande no local, que oferece espreguicadeiras, comida/ bebidas e banheiro.


Nossa ultima parada foi no Café del Mar, um beach club com ótima estrutura. E piscina com uma linda vista. Música lounge e boas opções de comidas e drinks. Ótimo para o fim de tarde. \

DIA 3 [Comino e Gozo]: *hoje foi dia de passeio de barco
Comino: Blue Lagoon e Blue Grotto:
A Blue Lagoon é a praia mais famosa da pequena ilha de Comino e é uma das grandes atrações turísticas de Malta. Não tem areia, você toma sol direto na pedra, mas a cor do mar é espetacular. Lado negativo: como ficou muito famosa é muito lotada em alta temporada ou fins de semana. Precisa chegar cedo à praia para arranjar espaço nas rochas, já que a faixa de areia aqui é muito (mesmo) pequena.
Para chegar em Comino e Gozo saindo de Malta, é preciso pegar um barco ou balsa. O bilhete dá direito a dois trechos de barco: Primeiro de Malta para Comino e, depois, de Comino para Gozo. O primeiro trecho, Malta-Comino, leva 15 minutos (sem contar as paradas para mergulho) e passa pelas grutas antes de desembarcar na Blue Lagoon. Você vai ficar de queixo caído com a cor do mar, que chega a ser fluorescente (apenas se estiver sol. Ou seja, em dias nublados você não terá tão lindas paisagens).
No mesmo local onde o barco vai te deixar, você pega depois outro em direção a Gozo. O trecho Comino-Gozo leva mais 15 minutos e te deixa direto no pier de Gozo. Para voltar à Malta no fim do dia, o trajeto de balsa demora meia hora.







Gozo: Cittadella
Na capital de Gozo, Victoria há uma cidade murada, conhecida como Cittadella, uma fortificação lindíssima que existe há mais de 3 mil anos. É bem menor do que Mdina e não há ninguém morando dentro, mas está completamente restaurada. Caminhe pelas pequenas ruas, suba em seu ponto mais alto para ver a cidade atraves dos muros e entre na Catedral de Santa Marija que fica na praça principal, bem na entrada da cidade murada.
Observacao: Em Gozo existia um ponto turístico muito famoso, a Azure Window, que não existe mais! Era uma bela formação rochosa, como se fosse uma ponte natural, onde foi gravada a cena do casamento de Daenerys e Drogo em Game of Thrones. Mas em 2017 a formação desabou.



Dia 4 [ Popeye Village]:
Esse vilarejo cinematográfico que fica em Anchor Bay, foi construído como set para o filme Popeye, de 1980, estrelado por Robin Williams. Hoje, é um parque temático, bom para ir com crianças. Mesmo se não quiser entrar no parque, é possível estacionar seu carro por ali e observar a vista sem pagar nada.

St. Julien:
Passeie no fim da tarde pela Spinola Bay e veja um porção de barquinhos de madeira que formam uma bela cena ao entardecer. Aqui nesta area exitem diversos restaurants e bares charmosos. Tambem visite a Portomaso Marina que concentra bons restaurantes em meio a yachts atracados por ali.
Hospedagem:
Nos ficamos hospedados no charmoso hotel boutique chamado Hotel Juliani, que tem uma linda vista para Spinola Bay. Quartos charmosos e espaçosos, um delicioso café da manhã e uma piscina no rooftop com a melhor vista da cidade. Muitos restaurantes estão localizados nos arredores, pertinho de uma baía cheia de barquinhos típicos dos pescadores malteses.


O que comer:
Nos fomos com uma lista em maos! A Culinária maltesa mistura a cozinha italiana (pela proximidade), árabe e a inglesa.
Os pratos típicos são: Coelho, massas, antipasto maltês (uma combinação de linguiças, queijo de cabra e azeitonas). Ftira (parecido com uma esfiha aberta), Pastizzi (que parece uma empanada) e frutos do mar.
Nenu, the Artisan Baker: St. Dominic Street, 143 (em maltês: Triq San Duminku, 143) O lugar ideal (e mais tradicional) para provar a típica Ftira maltesa, feita no forno a lenha. Muito bom.
D’Office Bistro: Archbishop Street, 132 (em maltês: Triq I arcisqof, 132)Um restaurante gostosinho com comida maltesa e internacional no cardápio, localizado em uma rua só para pedestres no centrinho de Valletta. Aqui comemos o antipasto maltes, o Coelho e o ravioli. Tudo bem gostoso. Ah o vinho rose local tambem eh bem refrescante.
Zeris Restaurant: Portomaso Marina – deliciosa comida mediterranea com linda vista da marina.
O que trazer de lembranca de viagem:
Mdina Glass (estilosas peças de vidros coloridos)
Cruz de Malta
Luzzu Eyes: sao os olhos pintados nos barquinhos de pescadores que você verá pela Spinola Bay.
Transporte:
Alugue um carro e prepare-se para dirigir na mao inglesa!
Tb está na minha lista 👍🏼👍🏼